segunda-feira, 19 de novembro de 2007

O Aquário, de João Pedro Mésseder


O Aquário

Hoje ouvimos ler O Aquário. A princípio, achamos estranho, dado que é uma obra proposta para o terceiro ano de escolaridade, mas rapidamente percebemos que um livro pode ter mais do que uma leitura e que os alunos do ensino pré-escolar farão uma leitura mais literal do que nós. As nossas “competências de leitura” já nos permitem ir mais longe e ler outras camadas do texto. Cada leitor associa a sua “leitura” às suas próprias vivências e a outras leituras, por isso é natural que nós, como já lemos mais, associemos este texto a mais coisas.

Num primeiro momento, detivemo-nos sobre o humor “escondido” no texto e no paratexto de O Aquário. No texto, destacamos “a sua voz sumida de peixe”. Esta expressão é muito engraçada, pois apesar de desde o início da história estarmos cientes de que estamos em presença de uma fábula, não deixa de ser curioso tentar imaginar a voz de um peixe.
Nas ilustrações, o cómico é-nos sugerido pelos braços, garfos que os peixes usam, bem como pelos óculos do peixe negro. Trata-se de uma antropomorfização ( os animais adquirem aspectos humanos).
Também constatamos que a ilustração, apesar de agradar aos mais novos, tem características que lhe permitem agradar a várias faixas etárias.

Depois disto avançamos para outro tipo de leitura. Estivemos a analisar as relações que se estabelecem entre o peixinho vermelho e os outros peixes e percebemos que o aquário não é mais do que uma metáfora.
Quanto ao peixinho vermelho procuramos substituir a característica mais visível dele (a cor), por outra característica que o distinguisse aos olhos dos outros (imaginamos um “peixinho” cigano, homossexual, Jeová, negro, portador de deficiência motora, gótico, punk, hippie ). Sobre esta nossa experiência teremos novidades em breve…

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