Certo dia, um Lisboeta decide ir ao Porto visitar a sua família. Como era a primeira vez que vinha a esta maravilhosa cidade, decidiu dar uma volta para a conhecer melhor. A certa altura, no coração da cidade, vê um menino a ser atacado por um Dobberman. Seguindo o seu instinto, corre para junto do incidente e atira-se para cima do Cão. Depois de luta intensa e desesperada o corajoso homem consegue agarrar o pescoço do cão e sufoca-o até à morte.
Exausto, o valente homem vê aproximar-se outro homem, que corria na sua direcção. Chegado a sua beira ele diz:
Exausto, o valente homem vê aproximar-se outro homem, que corria na sua direcção. Chegado a sua beira ele diz:
- O Senhor é espantoso, corajoso, incrível. Eu sou jornalista e amanhã na primeira página do meu jornal estará a seguinte Manchete:
"CORAJOSO PORTUENSE SALVA CRIANÇA DE MORTE CERTA."
"CORAJOSO PORTUENSE SALVA CRIANÇA DE MORTE CERTA."
Ao que o lisboeta respondeu:
- Muito Obrigado, mas há um equívoco, é que eu não sou do Porto, mas sim de Lisboa, vim visitar uns familiares e blá, blá, blá...
No dia seguinte, a primeira página do jornal era:
"MOURO MATA SEM PIEDADE CÃO DE FAMÍLIA."
No dia seguinte, a primeira página do jornal era:
"MOURO MATA SEM PIEDADE CÃO DE FAMÍLIA."
Breve comentário:
Esta breve "estória" ilustra na perfeição e caricaturalmente a falta de profissionalismo de um jornalista que, ao invés de se limitar a narrar os factos, constrói ardilosamente um título, que apesar de real, condiciona, deliberadamente, a opinião dos leitores. Ao dar conta que o homem que salvou a criança não era portuense, transformou o cão em vítima. Apesar de este texto ser exagerado, é um facto que os jornalistas às vezes tendem para o sensacionalismo e para a parcialidade.
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